"Precisei voar pra bem longe só pra ver
Serei sempre eu, as palavras
E o resto é nada mais"
(Fresno - O Resto É Nada Mais [O Sonho De Um Visconde])
Me reinventando com canções repetitivas
Me decidindo quais estradas bipartidas
Seguindo assim, como um marfim
Forçado a se esforçar todo dia
Deixo a vida assim
Sossegada desse jeito
Não é tão ruim
Errado é cair no conceito
De que pra viver
Precisa se compreender
Eu não me entendo
E também nunca aprendo
Meus erros já viraram meus amigos
De tão presentes no meu mundo sem sentido
Ora, quem dirá a quem
Que eu só procuro o que me convém?
Já cansado estou de amarrar sorrisos
Nas faces de pessoas sem-juízo
Vou me preparando pra me afundar
Hoje mesmo vou afogar
As palavras que um dia eu vociferei
Na constelação que eu criei
Eu costumava ser mais fantasioso
Criando heróis,personagens famosos
Pena que a doença sem cura,realidade
Veio pra ferrar de vez qualquer felicidade
E os meus personagens,morreram doentes então
Seja por ter conhecimento da razão,por partir o coração
Não existem mais de cem personalidades minhas, como existia
Na época que eu costumava entender a ideia idealista
Agora só existe um
Um idiota indo pra lugar algum
Sem cem faces, sem personalidades
Só com mochila nas costas e saudade
Saudade de quando falava de amor
De quando eu não tinha um pingo de rancor
Quando eu falava feliz
De como era como eu sempre quis
Tadinho, tão iludido
Achou que seria divertido?
Comprar ingressos pra montanha-russa
E gritar pra ver se alguém escuta
Chega de poesias
Chega metáforas esquisitas
Chega do romantismo que maltrataram
Chega do mar de angústia que me jogaram
Considere aqui o fim
Daquilo que restou de mim
O que restou agora,além do medo de amar
São cacos,lembranças,memórias,perdidos no mar
Chamado mar morto
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