sábado, 16 de abril de 2011

Em paz...



Há tempos
Me lembro como se fosse ontem
Estava eu perdido em meus pensamentos

Ela estava tomando toda a luz do sol
Ela sorria a cada cinco minutos
Eu brincava de se sentir só
E as horas se tornavam em segundos

Eu não entendia o por que
Eu estava tão vidrado
Naquele rosto que podia se ver
Descobri que estava apaixonado

Não conseguia ficar um dia sem observar
Mesmo que fosse por fotos, eu precisava
Eu estava num tipo de vício em amar
Como se tudo que eu tinha não bastava

Procurava formas e mais formas de você me notar
Tantos dias a escrever textos de amor
Procurava tantas formas de você me ajudar
Que não existia nem frio e calor

Eu a queria a qualquer custo
Mesmo que custasse minha vida
E o mundo era tão injusto
E minha vida era mal-vivida

Ficava acordado em noites em claro
O inverno se buscava nas chuvas
Mesmo seguindo da onde eu paro
A minha mente se cercava de dúvidas

Eu sonhava e delirava com você
Meus pais e amigos me chamavam de louco
Eu queria em você me perder
Mesmo que isso fosse só um pouco

Decidido em te encontrar
Para você me escutar
Procurei várias hipóteses antes de te ver
Mas o que eu não sabia era que eu iria te perder

Sabe lá quem seja
Quem te deseja tanto
No dia que descobri
Chorei demais
Não valia mais

Meus textos
Minhas cartas
Meus sentimentos
Tudo era injusto

Agora o mundo pisava em mim
Como se eu fosse um campeão derrotado
Jogou tudo de péssimo e ruim
Neste perdedor arruinado

Dias atrás pensei em te dizer
Que gostaria estar com você
Mas seria em vão
Certamente escutaria um "não"

Decidi escrever este poema
Para você entender
Que nada é pior do que o amor
Ele busca mais do que tudo sua dor
Ele dá a ilusão do calor

O amor é pior que droga
Vicia e te deixa maluco
Ele te afoga em cada respiração sua
Ele é um tipo de peso amarrado em sua perna

Te  afunda a cada dia
Aumenta a cada segundo sua agonia
Eu não entendia mas,
O que eu perdia

Eu perdi minha vida normal
Eu perdi meus amigos
Eu perdi tudo, e isso foi fatal
E o amor é culpado disso

Me deixe seguir nesse rumo assombrado
Pela alma patética do meu ser
Eu sei que nunca serei seu namorado
Então me deixe pouco a pouco morrer

Em paz...

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