Era uma manhã fria de outono. Os dias pediam um cobertor para se esquentar e ele implorava por socorro para seus próprios ideais. Ele estava deitado em sua cama, pensando em tudo em que ocorrera naqueles dias.
Ele estava com uma dor de cabeça, não queria admitir que fora humilhado novamente. Parecia que era como as outras vezes, mas, dessa vez, passara dos limites. Havia ocorrido na semana passada, mas ele se lembrava de como se fosse ontem.
"Ele estava no refeitório do colégio. Ela, porém, estava com suas amigas andando por lá. Ele decidira que naquele dia iria se declarar para o amor da sua vida. Ele ficara semanas tentando decorar o que dizer para aquela garota linda.
Ela era linda, logo aos seus 16 anos, já tinha um certo corpo. Era uma garota popular, os garotos perdiam o ar quando ela passava, e seus olhos castanhos traziam perfeccionismo em seu rosto.
Ele pedira para que seus amigos a chamassem para vir no centro da escola. Quando eles conversaram com ela, ela estranhara por um momento, mas, resolvera ir ver o que havia ocorrido.
Ela o encontrou lá. Cabisbaixo, ele estava gaguejando e mal dava pra entender o que ele estava dizendo. Ele, então, suspirou e disse essas palavras:
- Queria poder dizer "logo,logo,seremos felizes juntos",mas, não posso. Não posso querer te amar por que você não quer. O amor deve ser feito pelas duas pessoas, as duas devem se amar a qualquer custo. Porém,você não me ama. Mas saiba que eu tentei me adaptar a você.
- Lixo.
Foi o que ela disse. Num tom frio, sem um sentimento. Parecia que ela estava era com nojo de ter vindo para aquele local. Ele então, fechou os olhos e torceu para que fosse um sonho. Não era, era o outono dos corações congelados.
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