"Precário, provisório, perecível;
Falível, transitório, transitivo;
Efêmero, fugaz e passageiro
Eis aqui um vivo, eis aqui um vivo!"
(Lenine - Vivo)
Tantos caminhos cruzados
Pelos pés embaralhados por mim
Em minhas mãos, mundos estampados
Nas estradas por onde eu vim
Sou apenas um espectro
De apenas um aspecto
Que você deixou pra trás
Que você não quis mais
Sou apenas uma história
Deixada pra ser resolvida depois
Contada por duas memórias
Que ficaram sozinhas por nós dois
Eu esperava um pouco menos
De todos os meus medos
Eles eram mais agressivos ultimamente
E muito mais indiferentes
E o que importa?
Se todos saíram pela porta
E nem deixaram presentes
E nem fizeram diferente
Sou uma caixa feita de cicatriz
Sou o pó que desaba do giz
Sou o resto que se perde no vento
Sou a foto rasgada do momento
Algumas vezes, fui viajar
Pelos trocentos mundos que tem por aí
Eu juro mesmo, jamais eu quis voltar
Pra este lugar de onde parti
Sempre preferi o estilo cafona
O jeito brega, que se esconde em lonas
Feitas de autenticidade, de identidade
Que eu costurei feito com a agulha da verdade
Eu sempre me esforcei pra ser
O melhor, mas jamais irão saber
Ou melhor, quem sabe quando eu entenderei
O motivo de ser o servo e ao mesmo tempo,rei
Deixe estar,chuva de verão
Deixe, eu farei de ti minha própria ilusão
Escuto gritos,escuto lágrimas
Mas o que eu faço? Nada
E fica meu sangue nesse bilhete
Feito com todo o carinho
Para que o seu mundo esquente
Enquanto o meu, vá procurar um caminho
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