quinta-feira, 5 de julho de 2012

Solitário. Isso é o que sou.

"My shadow's the only one that walk beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'til then I walk alone"  (Green Day - Boulevard of Broken Dreams)

Retirado do site:Uhull


Queria poder ser um alguém além de uns conselhos idiotas, um perdedor com suas cicatrizes cravadas em seu peito. Se eu tenho tantas qualidades como tanto dizem, por que ainda estou só? Por que ainda as minhas noites continuam tristes? Alguém me conte.


Eu jurava que eu poderia ser feliz, eu fazia promessas ao céu que eu iria poder ficar com meus verdadeiros sorrisos estampados na minha cara. Mas roubaram meus sorrisos tão cedo, que já esqueci como é ser feliz. Qual é o preço da felicidade? O que é a felicidade? Cadê a resposta dessas perguntas? Roubaram tudo de mim, inclusive o jeito de respondê-las.


Eu queria mesmo ter alguém pra poder ligar de vez em quando e dizer umas coisas bobas, assistir um filme à dois ou até lanchar naquele típico lugar. Eu queria mesmo. Mas por que então, esse meu imenso desejo não condiz com o "amor" que é colocado em cartazes e em jornais?


Procurei cinquenta tipos de saída, desde portas trancadas, até janelas do segundo andar. Procurei pessoas em plena avenida, em casas arrombadas, e nunca consegui encontrar. Sou um errante que cansou de lutar tanto, que procurou e não achou porcaria nenhuma.


Quem dera eu pudesse levar rosas murchas à você, e se você perguntar o por que de te dar murchas, é por eu ter as comprado faz tempo, e depois de você ter me deixado na perfeita solidão, as rosas ficaram esperando morrerem.


Mas eu estou só, com as rosas na mão, cantando aquela canção que você nunca ouviu. Meus ombros estão cansados de carregar o peso das minhas lágrimas, aquelas incontáveis que deixei rolar durante a madrugada e que ninguém nunca soube.


Essas lágrimas malditas, me acusando do crime de ser um perdedor. O pior é que eu sou culpado e não tenho mais desculpas. Minhas desculpas foram se perdendo, pouco a pouco, e quando as vi, elas estavam sem sentido.


Tudo o que conquistei, tudo o que eu vi e vi, parece que foi tudo em vão. Parece que a bailarina que eu sonhava que dançasse num dos meus palcos, fora roubada por um palco mais amplo e mais famoso. E agora, tudo está vazio. Inclusive meu coração.


O caso é que eu estou entrando em outro julgamento, de decidir meu tempo na solidão. Meses? Anos? Décadas? Não sei. Não tenho advogados, apenas promotores que não perdoam e me acusam de crimes imperdoáveis. Pouca gente veio pra me apoiar, e assim termina minha história, preso em um tempo x de solidão, um sorriso falso na cara, com a alma enforcada na sua guilhotina.

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