terça-feira, 14 de junho de 2011

Lápis E Canetas Da V ida


"You like the way the people stare at you now.
You look so fake, just thought that you should know
And you're all the same and when the curtain drops down
You'll be replaced by something typical." (Pen & Paper - The Red Jumpsuit Apparatus)


Quando você decidiu ser uma caneta? Preta, cinza, morta.... Quando você decidiu escrever a vida de uma pessoa e rabiscá-la toda depois? Foi quando poesias, escritas por mim, um simples lápis, deu inveja á você, uma caneta que tenta ser melhor de que um simples como eu.

Sua vida não é nada para mim. Descolada, moderna, se inova, se interna na moda e nas coisas superficiais. Tintas cada vez mais coloridas, vai fugindo de letras lentas e caprichosas e vai abraçando as letras rápidas e corridas.

Sua vida é cicatrizada, guardada, para sempre. Escreveu, errou uma vez, adeus. Marcas e dores são lembradas com sua tinta eterna e sua ponta fina. Lembranças ruins são levadas ao seu delírio ao escrever a mesma coisa várias e várias vezes.

Quem diria que sua vida seria um inferno como a sua. Ser usada para escrever nomes de pessoas que irão morrer, ser usada para escrever cálculos que não servirão á nada, ser usada pelo simples uso em escrever que está sendo usada.

Você tem o corretivo, seu casulo, seu alívio. Pode ser visto ao olho nu, mas te protege de rabiscos da vida e sobrevivência perdida. Acho que nunca irá encontrar alguma caneta igual á você, uma caneta azul, masculina, para te abraçar.

Eu sou apenas um lápis, que com seu grafite vai escrevendo coisas lindas e coisas ruins. Mas, se eu errar, a borracha chamada tempo irá apagar. Posso marcar, desmarcar, posso escrever agora ou depois em qualquer lugar.

Eu sou mais velho que você, sei o que você não sabe, sou um sábio que irá lhe ensinar mais uma vez que tintas não te levarão á nada. Serei bem usado e meu grafite, no final, será recompensado.

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