quarta-feira, 30 de março de 2011

A Arte De Respirar

"Se louco eu fosse
 Entenderia,
 Como por encanto,
 Ou quem sabe,
 Pela própria razão da loucura,
 O que até agora
 Pela normalidade
 (Se é que a tenho)
 Não consegui entender

 Entenderia
 Talvez um pouco
 Deste mundo louco
 Que dizem ser normal
 Normal,normal,normal,normal"    (Loucura - Poeta Vencido - Edimo Ginot)



Estes tempos anormais, que mudam todos os dias iguais, me dão uma aula de dor, sofrimento, sentimento e amor. Depois de eu aprender a sofrer, busquei a arte de amar. Mas eu já havia aprendido a amar, afinal, amar é igual a sofrer.
Eu sou um artista. Um artista que busca pintar uma pintura sem tinta. Um alguém que busca amar sem ser amado. Um poeta com uma poesia ruim. Um poeta querendo fazer uma poesia com argumentos contra a poesia.
Eu busco a arte da loucura. A arte de ver além desses montes e colinas. A arte de respirar. Pois é loucura respirar neste mundo louco. É loucura acreditar num mundo melhor, nos dias melhores em amor, calor e dor. Um milhão de palavras me assombram quando menos espero.
Tentando achar um modo de te ver de novo, e ao mesmo tempo, escrevendo versos para algo que nunca escrevi. Escrevendo trechos de livros que eu jamais li. Em sorrisos há luzes de estrelas que nunca viajaram em algum lugar do céu.
As estrelas não existem. São apenas uma ilusão de ótica que todos acreditam em ver. São apenas algo ilusório que fazem os mais apaixonados ou os mais loucos criarem a esperança mais louca ainda. O céu também não existe.
É apenas um teto que está prestes a cair. Este teto já está cheio de rachaduras e bolores. Nossos passos caminham num chão que está prestes a abrir e nos derrubar num buraco escuro e sem final. Viveremos o resto de nossas vidas caindo.
Caindo sempre. Sem nunca parar. Nunca teremos um local para que a gente possa se segurar, um galho ou alguma pedra no qual a gente tenha algo para acreditar. Seremos um bolo de pessoas morrendo por dentro e sentindo dores nos olhos.

"Me chamam de louco.
Me chamam de sonhador.
Eu sou apenas mais um pensador.

Me chamam de tímido.
Me chamam de gentil.
Eu sou apenas mais um rapaz caminhando pelas ruas de abril.


Me chamam de poeta.
Me chamam de escritor.
Eu sou apenas mais um doido sofrendo de dor.


Me chamam de simpático.
Me chamam de romântico.
Eu sou apenas mais um sofrendo em um beco" 


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