sábado, 1 de dezembro de 2012

Eu Só Aprendi A Dizer Adeus

"Oh well, oh well.
I still hope for the best.
Say goodbye and send me off with a kiss farewell.
And I promise I'll be just as strong as I can be.
Maybe you could get some sleep tonight." (Mayday Parade - Oh Well, Oh Well)



Umas poucas palavras, tantos significados, tanto esforço pra dizer isso, tantas lágrimas derramadas. E aqui fica o último capítulo da nossa história. Espero que minha mãe me perdoe por estar indo dormir mais tarde. Espero que esse texto estúpido faça algum sentido pra alguém.


Ainda lembro como se fosse ontem das suas risadas, do seu olhar inesquecível, dos seus lábios entorpecentes. Isso é como masoquismo pra mim, mas dane-se. Queria que a realidade fosse igual aos sonhos, lá pelo menos eu posso fazer duas cidades se unirem facilmente. Queria que os meus sonhos fizessem parte da minha realidade.


Eu costumava levar seu nome no peito, dizer como você era linda, como você era perfeita, e como eu precisava de você. Eu poderia ter dito isso, inventado cinquenta tipos de maneiras diferentes pra tentar te convencer que não se pode desistir. Mas não. Deixa pra lá.


Talvez eu seja apenas um otário que mais uma vez foi pego na armadilha do amor. Talvez seja você que apenas está cansada de se enganar com relacionamentos, e sua necessidade de ter um braço, um ombro e uns amassos. Talvez seja os dois.


Eu fiz o possível pra ir até você, peguei as estrelas cadentes e as usei como pincel. Eu peguei a lua e a transformei num pote de tinta, e fiz o cenário perfeito pra nós dois num quadro que eu chamava pelo seu apelido. Eu peguei notas e te transformei em canção, e o pior é que ficou linda como você. O triste é tocá-la direto.


Eu mandei você se calar, por que eu senti como se eu fosse serrado pelas palavras que eu sei que não entendi porra nenhuma. Ah, que se dane. E mesmo que você leia esse texto estúpido, e diga que gostou ou não gostou, que sei lá mais o que, eu vou deixar aqui. Como a última pedra jogada acima do túmulo do nosso "amor".


Se é que você considerou algo como isso igual a amor. Nem sei o quanto eu fui pra você, ou se fui apenas uma voz que mais ouvia do que falava, umas mãos que mais liam do que escreviam, e um coração que mais retribuia do que recebia.


Consigo me lembrar do meu aniversário, aquela madrugada, nós dois, e mais o nada. E eu não sabia que eu tinha um pedacinho do céu abraçado à mim. E você não sabia que se importar com alguém cansa. Na verdade, somos apenas enganados, uma dupla de idiotas desinformados.


Eu poderia ligar amanhã, dizer que eu sinto sua falta, que nós poderíamos tentar novamente, implorar pelos seus braços, pelos seus beijos. Mas não farei isso. Eu vou apenas deixar a luz do quarto ligada e passar a noite acordada pensando se desse certo. E pensar que foi tudo tão rápido.


Você veio numa velocidade louca, do nada, perguntando e conversando comigo como uma amiga. E quando eu vi, você estava comigo. Ao meu lado, ali quando eu precisasse. Foi como um risco de giz por mãos velozes. Pena que a gente se esqueceu do apagador.


Quer saber? Talvez você tenha sido a garota que eu mais gostei até agora. Mais do aquela garota que você detesta, mais do que qualquer pessoa que eu tenha conhecido até hoje. Talvez você tenha sido a garota que eu mais pensei, mesmo que tenha sido alguns meses.


Ah, quando eu dizia que eu queria você por perto, que eu sonhava com você como minha namorada, eu falava sério. Mesmo. Eu me lembro que eu me calava por que eu ficava puto com você, eu odiava ouvir o nome dele, odiava cada vez que aquele maldito nome fosse citado. Lembro também que eu ficava puto quando você falava que não precisava de ninguém, além de você mesma, e mesmo assim, eu ficava no silêncio da amargura. É, que se dane, não há mais nada mesmo.


E eu sabia que você era uma pessoa completamente diferente das demais. Ouve uma boa música, tem personalidade forte, é linda, e é inteligente e esperta. Qualquer garoto cai em cima de pessoas como você. E aqui, fica meu coração ofegante e minhas lágrimas secantes.


E, nesse último parágrafo, fica meus desejos à você. Eu espero que tu vá em frente, como eu vou tentar fazer, sucesso, que eu sei que tu vai conseguir, e ache alguém que te mereça, alguém que não seja como eu. E, saiba que nem que eu morra, eu nunca irei te culpar por tudo. Simplesmente aconteceu. E se eu aprendi alguma coisa com você? Claro. Eu só aprendi a dizer adeus.

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